São Paulo.
Começa a segunda semana.
Chegada do Bernardo, colega também transferido de Porto Alegre. Com ele, sensação de "perdido" começa a normalizar.
Já passo a fazer uso dos benefícios de transferência sem muita culpa.
Me permito uma extravagância com um filé a parmegiana nada em conta em um local nada ordinário.
Empada de quatro reais da semana passada compensada.
Ótima comida, ótimo papo.
Dia seguinte. É noite de jogo do meu Internacional.
Hoje mais uma atividade social, aglomeração, do que propriamente uma paixão.
Para assistir o jogo, encontro amigos gaúchos de vidas devidamente paulistanas .
Bem-recebido com cervejas artesanais (um estoque delas) e uma boa conversa e histórias (outro estoque delas).
Metade para final da semana se aproxima.
Um nome aparece com maior constância na grande mídia.
Descubro que a banda de Dublin que acompanho desde 2010, que recordei em post aqui, além de possuir o mesmo nome de uma cerveja, é também o nome de um novo vírus.
Vírus que no Brasil tem seu epicentro em São Paulo, onde estou.
Diretor: "Tem ainda um lugar pra ficar em Porto Alegre?"
Eu: "Tenho sim".
Diretor: "Pesquisa preços das passagens para retorno nessa sexta ou sábado, verifica taxas pra cancelar hotel. Falamos melhor amanhã".
Sábado, 14 de Março, desembarco em Porto Alegre.
Terça-Feira, 17 de Março, confirma-se a primeira morte em São Paulo causada pelo vírus.
A pandemia tem início.
Tempos e encontros fantásticos com amigos num período curto de pré-pandemia.
Não sei ainda se retornarei a São Paulo, seja pelo COVID, seja pelo novo jeito de trabalhar remoto, por planos de carreira ou de vida. O fato é que sou muito grato por esses momentos.
Coincidências e timings interessantes. Passado e Presente que se cruzam entre palavras.
The Coronas, a banda irlandesa. Novo Coronavirus, a pandemia.
É, Dublin se faz presente. De alguma forma.
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