For Ireland e SP

Tá passando muito rápido. Vídeo da missa do dia 24 de Dezembro, 2010 que a família pediu. A prova de que eu fui a missa (hehehe). Presentes na missa: eu, Puyol e Gabriel. A missa é praticamente a mesma, a celebração em véspera de Natal também. Natal é tempo de reflexão. Aprendi muito: Meu colega de trabalho polonês contou que existem mais de 12 pratos típicos para o Natal. O interessante é que eles arrumam a mesa e deixam um lugar livre - prato, talheres, copo - (que pode vir a ser ocupado por sem-tetos ou quem quer que bata na porta da casa). Também, no Reino Unido, no dia 26 é o Boxing Day ou Saint Stephen's day aqui na Irlanda. O interessante é que esse feriado caso caia no Domingo é passado para a próxima segunda-feira. Iei, feriado segunda! Enfim... minha chefe, inglesa, conta que, antigamente, no dia 26 de Dezembro, as pessoas presenteavam os pobres ou empregados que trabalhassem durante o Natal deixando caixas (por isso, boxing) de presente natalinas em igrejas Bom, o

Cansei de escrever, por ora. Vou fazer um vlog, como já diria o carioca nerd. ahsuehu Tá aí o vídeo mostrando como a neve está afetando Dublin. As linhas de onibus estão mal e mal funcionando. Os estoques de sal grosso no supermercado estão acabando. E não faz tanto frio em Dublin desde a decada de 70. Em Novembro, nunca fez tanto frio -10ºC (o vídeo foi feito no dia 01 de Dezembro, ah é quase Novembro) "...muitos colégios fechados, sem aula". Acabou a bateria da câmera. Rapidinhas: Puyol me conseguiu um emprego de garçom e lavador de pratos nos finais de semana, durante a semana a vaga é dele. Eu consegui um emprego de controlador de estoque também. Viajei pra Londres (melhor viagem da vida, não vou escrever sobre ela, são muitas histórias). Natal tah chegando e tudo está indo pro caminho certo.

Meus dias de trabalho graças a Deus são marcados por algumas bizarrices, pq se não fosse, seria um tédio. Um velho acabado passa quase todo o dia no ponto onde eu vendo jornal. Dotado de dentes amarelados (alguns pretos), um jeito muito frágil de caminhar usando bengala(parece um bambu); óculos e um inglês quase incompreensível, seu nome eh algo como Dominick (devem entender pq nao sei o nome dele direito). Quando vai comprar um jornal, estende a mão com as suas varias moedas pra que eu retire o valor exato. Pois bem, o preço é 1,20. Pego uma moeda de um euro e... ''nada disso filho, pegue as moedinhas de 20 cents". Beleza, dinheiro é dinheiro. Entrego o jornal, mas ele não tem coordenação pra colocar na sua mala, dedos duros. Esse Dominick adora falar das notícias do jornal. A capa do dia era sobre um astro do Futebol Gaélico ser preso por vender cocaína para um policial disfarçado... 4 vezes. Domi começa a balbuciar algumas palavras que - ao que tudo indica - soam pe

Tem uma espécie de noite da cultura que acontece por toda a Europa. Nesse dia (noite), temos 6 horas pra visitar todos os museus, cinemas, fábricas. Tudo absolutamente de graça. Aqui em Dublin existe muitos museus com entrada franca, logo aproveitamos para ir apenas nos principais lugares pagos: Dublinia, Igreja (não lembro o nome) e fábrica da Guinness. Fomos eu, Puyol e Marlon. Gabriel tava muito cansado trabalhando de figurante num seriado americano chamado Neverland - muito legal por sinal, cansativo mesmo, tinha que acordar as 4h30 da matina e voltava as 19h por aí - e o Avaí (nosso outro flatmate) tava na Noruega, onde passou também uma noite de graça nos pontos culturais de Oslo. Enfim... Começamos por Dublinia, onde carregávamos a maior expectativa: Museu de Vikings, povos celtas, era medieval, Irlanda do século 16, coisas assim. No final, foi o lugar mais fraco. Era bem interessante na real, mas perto dos outros, decepcionante, ateh pq tinhamos pouco tempo pra ler as historia

Dia 23, é o dia do Arthur, fundador da cerveja Guinness, a tradicional, símbolo da Irlanda. Melhor, é o dia do brinde mundial a Arthur Guinness no horário exato: 17h59min (de Dublin). Contagem regressiva em todos os pubs, lotados.  Nesses dias, eu tinha começado a trabalhar de jornaleiro por aqui. Funciona assim: vende todos jornais, pode ir pra casa. Não vendeu tudo até as 18h30, espera a van pra colocar os jornais que faltaram.  Nesse dia 23 em especial consegui vender tudo as 17h30. Corri feito louco pra casa, na chuva forte. Cheguei em casa encharcado, mudei as meias, a calça e botei outro casaco. Bah, 17h45 e tinha que ir ateh o pub que a gurizada tava. Corri até lá. Na contagem regressiva, faltava poucos minutos. Quando vou entrar: "Tah lotado, não cabe mais ninguém" diz o segurança. Fudeu. Umas gurias irlandesas jah meio bebadas tentavam convencer o segurança. Um sorriso aparece. Elas entram, eu dou um jeito de passar correndo.  Ah finalmente dentro do pub. Mas... não

A todos que estavam esperando o proximo post: Escrever num blog, quando nao se tem computador eh foda, digitar no pc da escola durante o intervalo eh horrivel (nem acento tem). Mas prometo que escreverei em seguida. Muitas novidades, dentre eles Arthur`s Day, Culture Night, Dalkey, Oktoberfest em Dublin. Espero que ainda hoje eu consiga tempo livre. Abracos a todos.

Procurar apartamento para alugar por aqui não é tão fácil quanto parece não. Nos foi dito que deveríamos começar a procurar uma semana antes de acabar o prazo para sair da antiga casa. Que nada! Fizemos isso e só passamos por ansiedade, nervosismo e medo de não conseguir a casa a tempo. Nos primeiros dias entrávamos no www.daft.ie - site que mostra todas as casas que podem ser alugadas - e olhávamos uma legal e ligávamos. Eu meio sem saber o que falar e sem conseguir entender muito o que eles diziam pelo telefone, colocava no alto-falante do celular pra que qualquer pessoa que estivesse por perto pudesse me ajudar. Com o tempo fui adquirindo confiança e já ligávamos pra umas 3 pessoas por dia e deixava recado na caixa postal se não atendessem. O ruim é que as ligações foram comendo os créditos dos nossos celulares e as ligações pra família ficaram mais raras. Uma ligação pros irlandeses em especial me deixou bastante constrangido: Eu: Olá posso falar com o ...(não lembro o nome), é

A todos aqueles que acreditavam que o Brasil era o último país a transmitir o Big Brother, eis que nos deparamos com o Big Brother da Irlanda! Sim, existe aqui também para felicidade de uns e tristeza de outros. Pra nós é indiferente, não assistimos muita tv por aqui, não tem legenda. Se for pra treinar inglês é só sair de casa que sempre vai ter alguém pra puxar um papo. Enfim, o pessoal daqui vivencia um BBI, com direito a sair de casa, viajar. Dormimos e acordamos, almoçamos e jantamos, não importa o horário. Falando em viagem, nesse final de semana, fomos de trem para Howth, litoral da Irlanda. Lugar sensacional, caminhamos até não poder mais. Fomos a praia, entramos no mar irlandes (é frio, mas nem tanto), e até fiquei com a pele queimada com o sol da Irlanda. Bizarro. Tri foi nós encontrar uma gruta escondida num penhasco. A descida era muito íngreme, hesitamos muito antes de descer, mas fomos, sempre pensando se havia um caminho pra subir de volta. Ninguém descia por a

Finalmente começamos a se acostumar por aqui. Mas é muita coisa nova. Na viagem pra cá, já fiquei um pouco aterrorizado. Pegamos o avião da companhia da Irlanda, e por sorte ou azar ficamos na porta de emergência. A aeromoça enxeu o saco, foi muito otária e já queria tirar nós dali porque não eramos fluentes em inglês. Péssima primeira impressão... A aeromoça pediu pra que o puyol, que tava no corredor, trocasse de lugar com um irlandes que tava voltando pra terrinha. Cara muito louco. Já chegou perguntando meu nome, de onde eu era o que eu ia fazer. Sotaque carregado, atropelando as palavras. Eu respondi no meu inglês ainda um pouco envergonhado:  Eu: '' Eu vou estudar inglês".  Irlandes: " Estudar e beber neh ''.  Não vou contrariar um irlandes caipira vindo da Holanda, aquele jeito fumado de falar, já desconfiei que não era só o jeito.  No final descobri que ele não gostava de  Dublin, morava mais ao norte. Até aprendi uma rima com ele: "Dublin

Chegamos. Depois de quase 19 horas de vôo e mais algumas outras de aeroporto, finalmente, chegamos. O terror mesmo foi na hora do avião de Porto Alegre à SP decolar, me apavorei, nunca tinha andado de avião antes e já estreiaria com duas turbulências. No final das contas acabei me acostumando a viajar pelo ar e curti muito as 11 horas de avião para Amsterdam, já a 1 horinha e meia de Amsterdam para Dublin doi um saco, nunca vi uma aeromoça ser tão chata... deve ser gremista, com certeza. Chegando aqui foi só pegar as malas, esperar o bus e pegar uma chuvinha básica para abençoar a nossa viagem. Quando chegamos no apartamento não queriamos saber de nada, apenas onde ficava a cama. Estavamos podre podre podre, cansados, molhados e fedidos mas mesmo assim não conseguimos dormir e o jeito foi "zumbiar" pelo apartamento se perguntando quando que a ficha irá cair. Ela ainda não caiu. O mais louco daqui é que escurece as 10 horas da noite, nao tem como não ficar perdido, são qua

Chegou a noite mais esperada, está complicado para dormir. "figth your fears and live your dreams"

               Jamais pensei que teria uma festa surpresa. Ironia... Aconteceu no dia do amigo, na casa de com certeza uma das pessoas que mais admiro. Talvez seja a última vez que eu veja ele antes que se torne um homem comprometido(te devemos uma despedida de solteiro Xapado ahsuhsas). Talvez seja a última vez que verei, durante seis meses ou quem sabe mais, a maioria das pessoas que estavam presentes. Talvez o meu verão não seja numa praia com a velha e boa galera de sempre.                Talvez eu retorne um pouco diferente do que costumava ser. Talvez mais frio. Talvez fervendo de saudades.                Talvez minha vida não tivesse sentido sem a presença dos que estavam lá. Cada um com sua história.                Obrigado a todos, inclusive aos que não estavam presentes(em especial, Elizandra e Alexandre).                Graças a todos vocês sou feliz no Brasil, que venha a Irlanda!!

Pois é. O que faltava um ano, agora já falta menos de 4 dias e eu não sei ainda muito bem o que eu sinto em relação à essa viagem. Na real é uma sensação mista de medo por ir para um lugar onde ninguém me conhece e que eu mal sei falar a língua dele e de felicidade por ser um privilegiado que tem a oportunidade de viver uma experiência, talvez não única, mas com certeza inesquecível. Mas porque viajar?? Porque ir para a Irlanda pegar um subemprego e viver em condições não tão boas quanto a que temos aqui, na terra do glorioso Sport Club Internacional? Amir Klink tem a resposta para essas perguntas e outras do gênero: "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lug