For Ireland e SP

Hoje, mexendo nos documentos criados durante a viagem encontrei alguns rascunhos pro blog, assim como cartas e orçamentos feitos pras viagens. Como to querendo fazer uma limpa, pensei em compartilhar essas informações, até pra que fiquem armazenadas em um local seguro. Caso a google venha a falir, então não era pra ser. Sei q agora é muito improvável que alguém leia, mas faço isso pra mim mesmo. É demais ler esses posts e reviver coisas q nem lembrava. Se alguém ainda se interessar em imaginar como era, postarei agora umas quincalharias: Carta-resposta a vizinha dos demônios q reclamava de barulhos inexistentes (minhas desculpas a qm nao entenda inglês, to com preguiça em traduzir, se alguém quiser fazer comenta ai) "We acknowledge your position and your complaints, however, we do believe that they should not be directed toward us, as we are not the people who have been "extremely loud" or responsable for the noise you hear.  A week ago, we receive a complaint about

35 dias de viagem, de volta a terra tupiniquin, me orgulho da grandiosa experiência que tive e das imensas mudanças no modo em que passei a pensar. Longe de todo o status social que a realidade brasileira te obriga a ter, percebo o quão sem importância tem milhares de coisas a que tanto damos valor: carros (como diria o posto Ipiranga: apaixonados por carro como todo brasileiro); roupas de marca (já pensou que você paga - e muito - pra fazer propaganda?); aparelhos eletrônicos, do tipo: celular com o diabo a 4, TV gigante, DVD... Defendo até o fim a compra de um desses objetos citados acima se justificados sob necessidade profissional ou pessoal, além de simples desejo e/ou objeto pra contar vantagem. É bem verdade que o conforto do novo, da tecnologia mais avançada proporciona facilidades no cotidiano, mas pra isso, não vou deixar de viajar, conhecer outras culturas, obter e compartilhar conhecimento. A forma de pensar mudou muito e até pretenderia escrever a respeito do que pas

É hoje o início da jornada. Hoje a noite, dormir no aeroporto de Londres (Luton). Amanhã cedinho pegando voo pra Istanbul. Chegando 12h30 do horário de lá no aeroporto Istanbul Sabiha. Me desejem sorte.

Não tem como deixar passar em branco. O pessoal que esteve na Irlanda nessa última semana com certeza presenciou momentos históricos nas ruas de Dublin. Começando pela inapropriada visita da Rainha da Inglaterra Elizabeth II. Rainha Elizabeth II em Dublin Seu primeiro dia de visita foi talvez o mais conturbado, onde todo o centro da cidade estava bloqueado, algumas poucas partes com acesso depois de uma revista. A cidade parecia citiada. Revista rigorosa na Parnell Square West General Post Office - 80% dos policiais da Irlanda em Dublin Claro que eu não deixaria de presenciar esse momento, mesmo com "ameaça" de bomba - 2 bombas caseiras foram desarmadas. Eu e o Cristiano fomos na Parnell Street (minha antiga moradia era lá). Protesto ressaltando o ódio dos irlandeses aos britânicos tava rolando. "Estados Unidos e Imperialistas Britânicos não são bem-vindos" Protesto pacífico, até começarem a tocar garrafas de plástico contra os Gardas (polícia d

To louco pra começar a Eurotrip de uma vez. Tudo por aqui começou a ficar um tédio perto do que me espera. Tá certo, não é mais o inverno depressivo, e as noites são muito curtas. Começou a escurecer as 21h por aqui, e amanhece antes das 5h30 (horário que acordo pra trabalhar). Acho isso fantástico: aumenta o horário de funcionamento de todas as lojas e parques. Que falta faz um chimarrão nessas horas! Os estudos acabaram. Conheço Dublin quase que inteira (claro, a parte interessante). O melhor da Irlanda acredito que já visitei (falta Wicklow e Glendalough que vai me ocupar um dia no máximo). O emprego (3x por semana) é o que mantém minha mente ocupada. Já nos outros 4 DIAS da semana, tento encontrar algo pra fazer. 4 longos dias. Pensei em usar o tempo livre pra planejar a viagem (coisa chata), mas no final das contas já tá tudo planejado: 01 de Junho: Saída de Dublin 02 de Junho: Chegada em Istambul ... ... ... Na hora decido pra onde ir ... ... 01 de Julho: Encontra

O resultado da viagem foi exatamente o que eu esperava. Valeu muito a pena. O primeiro dia deu pra resumir em beleza natural e uma mistura de liberdade e solidão. Bem estilo aventureiro solitário, daqueles que fazem trilhas gigantescas desacompanhados. Segundo dia, amigos efêmeros e mais lugares incríveis. Tudo começou quando... Meu ticket mostrava o horário de saída do trem: 7:50am. Acordei, arrumei as últimas coisas e 7:30 estava saindo de casa. Eis que eu me aproximo da estação do LUAS (bonde que me leva até a estação de trem). Próximo bonde só daqui a 15 min. Tenho que ir caminhando, geralmente leva 30 - 35 min, eu tinha que fazer na metade do tempo. E dale corrida até a estação, com mochila atolada de coisa. Só o que faltava perder o trem e comprometer a viagem toda. Cheguei na estação 7:45am. Perguntei pro guarda qual era o trem. Guarda - "O primeiro trem pra Galway é as 8:30am.". ¬¬ A trip não tava começando bem. Vamos olhar pelo lado bom: não perdi o trem. Em

Decidi assim, do nada, resolver ir pra Galway. Da noite pro dia. Sai Domingo pela manhã e chega Segunda-feira pela noite (feriado de páscoa). Galway, pra quem não sabe é um condado a oeste da Irlanda. Fica a umas 2h30 de trem. Presta atenção no nome da primeira música do blog, logo acima. Esse será um teste, o resultado vai ser usado pra pensar, enquanto tenho tempo, no que fazer quando a Eurotrip realmente começar. Joãosinho: - Ué, mas tu já não viajou pra Inglaterra, Holanda e Bélgica? Qual é a diferença? Sim Joãosinho, mas nessas viagens eu viajei em grupo, nessa de Galway, assim como pela Europa, vou fazer sozinho. Tentar fazer amizades, se virar sem consultar amigos, indo só com uma mochila nas costas, nem hostel reservado, nem roteiro planejado. Como disse o koreano: "Pra onde o vento te levar". Vou tentar fazer uma sequencia de filmagens pra mostrar como foi a viagem no geral. Eu disse tentar. Não prometo nada, deixa isso pra Brasília. Quanto a viagem pela Euro

É estranho ter 3 meses de intercâmbio pela frente, mas já estar vivenciando o último mês (o de férias). Eu só penso naquele mês. E não é que a minha estada em Dublin não esteja sendo agradável ou que eu mal espero voltar pro Brasil. Na verdade, a saudade do Brasil parece cada vez menor. Quando sinto alguma "espécie" de solidão é só falar no Skype e sentir-se em casa. Já comecei a olhar a Irlanda com aqueles olhos de "onde que eu vou ver uma coisa dessas no Brasil?", mesmo com todos os defeitos que a Irlanda tem. Um pub, uma pint, uma música ao vivo de qualidade na rua, de graça num bar; Uma tentativa frustrada de lembrar daquela palavra (português ou inglês);  Aquela tentativa de desenrolar um espanhol puxando um "ón" em todas as palavras (televisión, avión,...);  Pessoas loucas pelas ruas, bêbadas ou espontaneamente malucas; Nervos a flor da pele - seja uma dança desajeitada e despreocupada, seja um "fuck off" ou "I don't trust yo

Finalmente o ape que eu queria. Também depois de 4 dias num hostel e sem casa, tinha que ser algo bom mesmo (se bem q jah tava aceitando qualquer coisa). Na semana do Saint Patrick's day todas as vagas dos hostels estão lotadas (ou seja, tinha uma semana pra achar um novo lar ou ia ter que dormir na rua). A Europa vem toda aqui nessa época. Quero só ver esse festival... O apartamento é muito bom, mas o melhor é o pessoal morando aqui: gaúcho bem gente fina, koreano engraçado pra caralho, irlandesa e seu humor sarcástico e uma francesa que não conheci ainda (tá na frança). A localização é boa também, quase a mesma de antes. Isso pra não falar que dei sorte de ser vizinho de porta da minha colega de sala (ou seja, sem reclamações da vizinha). Aconteceu em Dublin: Um órgão secreto invadiu nossa casa. Mostraram distintivo da Garda (polícia daqui), mas tavam todos a paisana. 6 pessoas:  4 homens, 2 mulheres vasculharam a casa. Não era roubo, não levaram nada, não falaram nada, ne

Terça-feira 22 de fevereiro: Budinha  dá adeus a casa. Quarta-feira 23 de fevereiro: Gabi, Lucão, Sandy e Payol saem da nave nada vigiada. Domingo 27 de fevereiro: Abobadinha e seu namorado... Já diria Bial: "Vem brilhar aqui fora!" Segunda-feira 28 de fevereiro: Avaí vai pra final. Agora, sentado numa das 20 camas que meu quarto possuí. Parte de cima do beliche. Eu durmo em baixo. Ao som de um violino vindo de um dos 40 quartos que o hostel possuí, escrevo. Música clássica, daquelas que lembra as propagandas do Zaffari. Morando num albergue, sem problemas: café-da-manhã, quarto arrumado, preço muito acessível, sem conta de luz, sem problemas com o síndico, agente da imobiliária, vizinha (ah vizinha)... 20 camas e tenho minha privacidade. Só eu e mais 2 camas ocupadas, no momento, vazias. A segurança é o que pesa. Laptop pra cima e pra baixo. Quando saio do hostel, escondo em baixo da cama (bem escondido ¬¬, é o q dá). Correria no emprego e na busca por casa. S

Óbvio, fomos no tal de Red Light, lugar onde as mulheres exercem legalmente a profissão do prazer. Vitrines com luzes vermelhas. Ruelas. Canais. Passamos muito cedo ali, não tinha praticamente nenhuma no local de trabalho. As que estavam eram bem desmaiadas. Um sino começa a tocar. Igreja? Que paradoxo. Fomos fazer uma boquinha. Gastamos pouco, bebemos uma cerveja tradicional holandesa, conversamos, comemos uns petiscos, o bastante depois do salgadinho que recém tinhamos comido. Saímos do restaurante, o que vemos? Dublin está de volta: 2 velhos bebaços! É tudo motivo de festa, já tiramos uma foto e nos tocamos pras próximas atrações. No outro dia fomos na fábrica da Heineken. O lugar é animal. Chegamos e faltava uma hora pra fechar. Não deu tempo de ver tudo. No final saímos correndo pra não perder as duas pints a que o ingresso dava direito. Uma coisa muito bem analisada pelo Puyol: a loja de presentes é logo depois das duas dozes generosas de cerveja. Estudos indicam que sob o efe

Bruxelas é uma cidade pra quem gosta de arquitetura, construções históricas: catedral, parlamento europeu, palácio real,etc... Na verdade parece um lugar de conexão, escala. Parece um centro de transporte pra todo o resto da Europa. Meio cara e com certa dificuldade na comunicação - línguas oficiais: flamengo e francês. Alguns sabem inglês, mas a maioria com aquela frieza já de costume dos europeus. Bom, só nos ferramos nessa cidade.  Logo de entrada, temos que passar pela imigração. Capaz que a aduana vai complicar com 6 brasileiros. O agente mau-humorado faz várias perguntas, manda mostrar a passagem de volta e pede pra mostrar 300 euros em dinheiro (50 por cada dia que íamos ficar por lá). A maioria de nós não tinha isso.  Agente: - Se não tem, pode pegar as coisas de vocês e dar meia volta. (em inglês). E agora? Um de nós mostra o papel que comprova a reserva do hostel de Amsterdam, logo não íamos ficar tantos dias em Bruxelas (que bom).  O agente aduaneiro faz uma cara de: "

Passamos o Ano-Novo por aqui mesmo, em Dublin. Pra quem esperava muitos fogos de artifício num país europeu, escolheu o lugar errado pra passar o reveillon. Que bom que nunca fui muito fã de fogos. O que valeu mesmo foi que passamos todos juntos na virada do ano e com uma ceia bem luxuosa, até amigos internacionais apareceram: um casal de italianos finíssimos, muito parecidos com o povo brasileiro. Depois de comer a lentilha, brindar com um espumante e claro, beber cerveja, decidimos sair pro bar Australiano, lugar onde só vai brasileiro (isso mesmo, não escrevi errado). Nunca gostei muito do lugar, toca um pagode bem ruim e não tem muitas pessoas de outros países, mas com o inverno chegando com tudo, neve e sensações de até -15ºC, só nos sobra esse bar por ser o mais próximo de casa. Enfim, passamos lá, mas não conseguimos entrar. Nosso amigo foi barrado e resolvemos ir todos juntos em outra festa. Já era algo entre 2 am ou 3am, e todos os bares estavam fechando. Com o frio, resolv