Pular para o conteúdo principal

Limpando a velharia

Hoje, mexendo nos documentos criados durante a viagem encontrei alguns rascunhos pro blog, assim como cartas e orçamentos feitos pras viagens.
Como to querendo fazer uma limpa, pensei em compartilhar essas informações, até pra que fiquem armazenadas em um local seguro. Caso a google venha a falir, então não era pra ser.
Sei q agora é muito improvável que alguém leia, mas faço isso pra mim mesmo. É demais ler esses posts e reviver coisas q nem lembrava. Se alguém ainda se interessar em imaginar como era, postarei agora umas quincalharias:

Carta-resposta a vizinha dos demônios q reclamava de barulhos inexistentes
(minhas desculpas a qm nao entenda inglês, to com preguiça em traduzir, se alguém quiser fazer comenta ai)

"We acknowledge your position and your complaints, however, we do believe
that they should not be directed toward us, as we are not the people who
have been "extremely loud" or responsable for the noise you hear. 
A week ago, we receive a complaint about songs being played out loud after
11pm: we do not have a sound system.
I work almost the whole week,
and I have to wake up at 4AM. Songs or shouts and laughs "out loud" cannot happen, do not happen
and does not fit our reality.
We never threw parties here.
To make sure we are not the responsable for the noise, we asked our downstairs neighbours if we have done any unpleasant noise during the past 3 or 4 weeks. They, living under us, had no complaint 
about our behaviour.
I do believe that the best way out for our disagreement should be discussed. An informal and
respectful conversation, instead of notifying the landlord. 
Also, we would like to know who is the author of the letter, as we tryed to get in touch with you
but nobody was home.
Anyway,feel free to come at our house, apartment 6, to have a conversation with us.
If nobody from this house wrote the letter we received, please,leave it in our home as we tryied to communicate with the right person.

Jonathan Martins and flatmates"

É impossível explicar o que passei com essa maldita vizinha. Nem só de rosas é feito um intercambio, mas felizmente os pontos positivos brilham muito mais.


Koreano

Anion - Oi
mum quentiana? - Tudo bem?
choa jançã - Tudo bem.
choa quentiana - Tudo bem.
salmane - Tudo bem.
Ó chucota saranaço - Tudo bem.
hum - Sim
anio - Não
iot mago - Fuck you
Taktio - shut up
tatia - baby
chocate - dick (feeling like a dick)
nobítiasso - are u crazy?


Me diverti demais com o coreano que vivia conosco. Com os 2 que viveram conosco: Seo e B. Eles eram muito diferentes do que temos em mente a respeito de asiáticos corretíssimos e essas coisas. B com estilinho rapper americano vivia tomando ceva, seja noite, seja dia. Até a irlandesa achou q ele não era normal. Já o Seo é o coreano mais viciado em futebol que conheci. Todo dia tinha jogo pra assistir.
Anotei só o que me interessava, e ainda arrisquei com outros coreanos que sempre riam quando falava "iot magô"! 

Se encontrar mais quincalharias postarei aqui. Agora quem está um caco sou eu, então boa noite!

Comentários

  1. XI, já tinha esquecido o blog, mano....
    Deve ser manero o coreano e outros, que vivência, nem só de rosas o mundo é. Num condomínio nem todos são legais...
    Sucesso

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Dublin Presente. De alguma forma.

São Paulo.  Começa a segunda semana.  Chegada do Bernardo, colega também transferido de Porto Alegre. Com ele, sensação de "perdido" começa a normalizar. Já passo a fazer uso dos benefícios de transferência sem muita culpa. Me permito uma extravagância com um filé a parmegiana nada em conta em um local nada ordinário. Empada de quatro reais da semana passada compensada. Ótima comida, ótimo papo. Dia seguinte. É noite de jogo do meu Internacional. Hoje mais uma atividade social, aglomeração, do que propriamente uma paixão. Para assistir o jogo, encontro amigos gaúchos de vidas devidamente paulistanas . Bem-recebido com cervejas artesanais (um estoque delas) e uma boa conversa e histórias (outro estoque delas). Metade para final da semana se aproxima.  Um nome aparece com maior constância na grande mídia. Descubro que a banda de Dublin que acompanho desde 2010, que recordei em post aqui , além de possuir o mesmo nome de uma cerveja, é também o nome

Visitas especiais

Não tem como deixar passar em branco. O pessoal que esteve na Irlanda nessa última semana com certeza presenciou momentos históricos nas ruas de Dublin. Começando pela inapropriada visita da Rainha da Inglaterra Elizabeth II. Rainha Elizabeth II em Dublin Seu primeiro dia de visita foi talvez o mais conturbado, onde todo o centro da cidade estava bloqueado, algumas poucas partes com acesso depois de uma revista. A cidade parecia citiada. Revista rigorosa na Parnell Square West General Post Office - 80% dos policiais da Irlanda em Dublin Claro que eu não deixaria de presenciar esse momento, mesmo com "ameaça" de bomba - 2 bombas caseiras foram desarmadas. Eu e o Cristiano fomos na Parnell Street (minha antiga moradia era lá). Protesto ressaltando o ódio dos irlandeses aos britânicos tava rolando. "Estados Unidos e Imperialistas Britânicos não são bem-vindos" Protesto pacífico, até começarem a tocar garrafas de plástico contra os Gardas (polícia d

Faísca no Porão Escuro

Ao revisar o blog, passados mais de 8 anos desde a viagem final, encontrei esse post guardado nos meus rascunhos. Palavras que me fizeram relembrar alguns momentos que estavam em algum lugar no porão da minha mente. Talvez o brilho, a faísca que faltava para voltar a escrever, fascínio que carrego ao conseguir dar voz aos meus pensamentos. Abaixo o excerto: Turquia. Lugar de misturas religiosas. Muçulmano, judeu, cristão. Vivendo lado-a-lado, pacificamente. Minha jornada de mais de um mês viajando começa por aí. Durmi no aeroporto de Londres e peguei o primeiro voo do outro dia pra Istambul. Entro no avião, sento numa das últimas poltronas vagas. Do meu lado, um homem muçulmano me encara fitosamente. Digo "hi" pra descontrariar, e ele retribuí de forma muito educada e com um sorriso simples no rosto. Tava viajando sozinho mesmo, não tinha nada a perder, então perguntei pra ele - logo de cara, percebo que existe uma pergunta poderosa pra início de conversa - &qu