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São Paulo. Nova Fase. Vida Adulta.

1º de Março de 2020.
Saio de Porto Alegre. Chego em São Paulo.
Transferido para a capital financeira do Brasil.
Grato profissionalmente. Sobre a mudança, estômago embrulhado:
   Deixo o ninho de casa vazio - já era tempo, quase 30 anos.
   Deixo meu amor em Porto Alegre - mas volto pra te buscar.

Cheguei no domingo. Noite e garoa, tempo paulistano normal.Tudo certo no (des)embarque.
Desempacoto camisas pra não amassar. Deito na cama, ligo o notebook, resolvendo pendência para trabalho do dia seguinte. Pleno domingo e meu senso de entrega tá ativo.

São Paulo. Semana de trabalho extenuante padrão.
Contato um antigo vizinho de infância, Mauricio Brentano, agora morador ao lado do hotel que estou. Casualmente (existe isso?) é aniversário dele nessa quarta, me convida pra ir num bar. Vou solo, sem conhecer ninguém. Logo sou apresentado aos amigos dele. Povo gente fínissima. Maurício baita dum anfitrião. Penso comigo: "isso vai dar certo". Noite a dentro, bebo algumas. Retorno pro hotel a pé a poucas quadras dali. Início de madruga. To com fome. Algo tem que estar aberto, isso é SP. Compro duas empadas num fast food ainda aberto. Esse foi o jantar, 4 reais. Ponto alto da semana.

Chega final de semana. Revisitar amigos. Bom papo, boas memórias. Aprendo a fazer o drink Moscow Mule. Descubro o que é uma churrasqueira que não faz fumaça (com carvão e tudo). Aprendo a comer batata doce assada, dentre outros legumes e vegetais na grelha. É carne é um item (c)raro em SP.


Brunch em cafeteria no bairro Moema, com amigos da faculdade, grupo chamado de Never Stop. Dentre eles, alguns já devidamente paulistanos, eu o mais recente. Uns casando, outros formando família, outros se adaptando a mudança, outros de passagem.


Busca por moradia se inicia a tarde. Tempo paulista retorna. Nublado. Chuvas esparsas. Eu caminho aleatoriamente pelas ruas do Bairro Pinheiros. Todo condomínio com porteiro é uma chance de moradia. Falo com porteiro:
"Algum apartamento para alugar no prédio?".
As respostas variavam entre:
1) "No momento não, senhor" ou
2) "Tenho o contato da corretora, vou lhe passar" ou
3) "Temos um apartamento assim, assado, valor é $$$$$" [algo acima do que gostaria de pagar]


A busca continua...

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